13/12/2008 Publicado em http://www.odontosites.com.br/odonto/default2.asp?s=noticias2.asp&id=202&titulo=Dentista+ajuda+a+reduzir+o+numero+de+mortes+na+UTI

A falta de tratamento dentário aumenta a possibilidade de infecções nas Unidades de Terapia Intensiva e pode causar até pneumonia — doença responsável por 30% das mortes em UTIs. Para combater o problema, a Secretaria Estadual de Saúde deu início a projeto para cuidar da saúde bucal de pacientes graves. A primeira unidade a adotar a rotina foi o Hospital Estadual Vereador Melchiades Calazans, em Nilópolis Rio de Janeiro

A secretaria informou que o programa também é adotado no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, e que o próximo a ser contemplado será o Hospital Adão Pereira Nunes, em Caxias, embora ainda não haja data prevista para o início dos procedimentos. Na unidade de Nilópolis, diariamente a equipe de Odontologia identifica possíveis problemas, como periodontites e cáries.

CONTINUAÇÃO APÓS ALTA

Durante a visita ao paciente, que dura em média dez minutos, é feita limpeza ou pequenas restaurações. Depois que o paciente live sex tv recebe alta, pode continuar o tratamento no ambulatório.

O projeto foi lançado a partir de estudos que comprovaram que a falta de tratamento dentário em pacientes com graves enfermidades aumenta a probabilidade de infecções, principalmente respiratórias, causadas pela proliferação de bactérias na flora bucal.

“A pneumonia nosocomial (hospitalar) tem altas taxas de mortalidade. Ela ocorre pela aspiração do conteúdo presente na boca e faringe. A manutenção da saúde bucal contribui para reduzir o tempo de internação do paciente, proporciona maior humanização no atendimento dos doentes, e ainda reduz custos na área de saúde”, explica a coordenadora de Odontologia do hospital de Nilópolis, Viviane Rodrigues da Costa.

Dilma dos Reis, 65 anos, está internada há duas semanas na UTI do Hospital Vereador Melchiades Calazans, para se tratar de uma infecção pulmonar. Ela conta que é um alívio ter os dentes bem cuidados. “Eu me sinto bem melhor. Parece até um carinho”, diz.