Há duas semanas li no jornal O Globo entrevista com o jogador Deco, do Fluminense FC, sobre suas condutas, experiências e readaptação ao futebol brasileiro.

Em certa parte do texto ele comenta sobre a orientação que deu ao jovem Wellington Nem para se consultar um cirurgião dentista a fim de procurar doenças bucais que pudessem estar comprometendo sua condição atlética, e dificultando uma recuperação no púbis.

Analisando a situação não é difícil comparar a exigência que um atleta faz de seu corpo, com a que um paciente comprometido faz com o que resta de saúde em seus órgãos e sistemas alterados.

E a boca adoecida de quem vive no limite de suas forças, de forma similar ao que ocorre nos debilitados, também pode servir de porta de entrada para micro-organismos patogênicos, além de desequilibrar sua resposta imunológica favorecendo, entre outras consequências, a exacerbação da resposta inflamatória, fato este que pode ter sido a causa da dificuldade de melhora da inflamação no púbis do Wellington Nem.

A questão respiratória é outro ponto crítico na vida desportiva, especialmente em crianças e adolescentes, que pode ser melhorada com um adequado desenvolvimento ósseo favorecido por procedimentos odontológicos.

Veja em recente artigo publicado na revista espanhola de Medicina Oral o estudo realizado em jogadores do FC Barcelona sobre a elevada presença de alterações bucais e também algumas orientações para condutas odontológicas nestes profissionais.