Durante os preparativos para o II Encontro das Comissões no RJ, houve grande manifestação de certos colegas Estomatologistas sobre objeções ao uso do termo “Medicina Oral” para designação das Comissões. Dentre as argumentações, em sua maioria contrárias, foram utilizadas algumas que chamaram a atenção, especialmente aquelas que colocavam a especialidade como única responsável pela área no Brasil, ou como maior responsável pela atuação hospitalar do CD.

Contra a ideia de que apenas uma especialidade odontológica é suficiente para a atuação clínica hospitalar existem centenas de argumentos, mas parece que estes não são bastantes para o convencimento de alguns especialistas da Odontologia – que, por sorte e discernimento não representam a maioria destes grupos profissionais . Alguns Cirurgiões bucomaxilofaciais, periodontistas e especialistas em OPNE, eram dos que comumente se viam como os “escolhidos”. Agora vimos que também alguns estomatologistas se colocam nesta posição.

Enxergar a realidade pela ótica pela qual somos formados e educados é comum. Com a maturidade adquirida através da vivência, do debate e do enfrentamento das reais dificuldades vamos aprendendo como a união de todos os conhecimentos é mais útil e profícua. Que o orgulho de ser Estomatologista não cause afastamentos destes importantes profissionais do convívio multidisciplinar dentro das Comissões de Odontologia Hospitalar, que a partir de agora são grupos oficiais de apoio aos Conselhos.

Todos torcemos para que os Estomatologistas e sua conceituada SOBEP, apoiem e forneçam subsídios para o crescimento das Comissões e da profissão. A mesma torcida é direcionada aos especialistas em OPNE, em Dor Orofacial e DTM, em Odontogeriatria, em Periodontia e em CTBMF, entre outros. Com a união dos conhecimentos, valores e esforços a Odontologia se verá valorizada frente às demais profissões da saúde, repercutindo em todos os demais setores, incluindo acadêmico, científico, institucional e laboral.