Na história da humanidade sempre houve uma razão econômica por atrás das grandes mudanças. Se a Odontologia Hospitalar almeja possuir o status que as especialidades médicas e serviços de enfermagem atualmente têm nos hospitais é preciso, além de conhecimento técnico, ganho clínico aos pacientes e abrangência de atuação, que se comprove uma relação custo benefício que justifique a contratação de profissionais ligados a esta área.

Na prevenção da pneumonia associada a ventilação mecânica, por exemplo, é sempre utilizada a argumentação que a descontaminação oral pode reduzir os custos que a permanência da prótese ventilatória acarreta, incluindo um maior uso de antibióticos de alto valor e o próprio aumento do tempo de internação (ver referências aqui e aqui). No manual da ANVISA de prevenção à infecções do trato respiratório, por sinal, é citado que cada episódio custa 40 mil dólares

No II Encontro de Medicina Oral e Odontologia Hospitalar do Hospital Central da Aeronáutica obtive a informação da existência de uma tese da USP produzida com a finalidade de comprovar a redução dos custos hospitalares quando há participação odontológica em pacientes oncológicos que precisaram de transplante de medula óssea. Veja o resumo e baixe a tese completa no link http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-18082010-143726/pt-br.php.

Parabéns a Profa. Letícia Bezinelli pelo seu belo e esclarecedor trabalho. Que outras pesquisas de teor semelhantes sejam produzidas para que se valorize e antecipe, cada vez mais, a plena atuação odontológica hospitalar.

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