Tendo ido ao último encontro das Comissões de Odontologia Hospitalar dos CROs, em Belém – PA, representando o CRORJ, pude constatar in loco a boa vontade que tomou conta dos CDs envolvidos na estruturação da área.
Atendendo ao que foi determinado no encontro anterior, em Porto Alegre – RS (meados de 2014), um debate sobre a inserção da OH no meio público e privado foi iniciado e várias ideias sugeridas, além de conversarmos sobre o que já foi efetuado, como a RDC 7, 50 e a portaria 1032 (incluindo a nota técnica que amplia seu conceito para todos os procedimentos realizados no ambito hospitalar).
No debate sobre a inserção e financiamento no setor privado ficou patente a necessidade de ampliação das codificações de procedimentos odontológicos na tabela da ANS – TUSS de aplicação hospitalar. Atualmente só existem procedimentos do escopo da cirurgia bucomaxilofacial, o que dificulta a cobrança de serviços a serem executados pelo CD hospitalar junto aos leitos e mesmo no ambulatório e centro cirúrgico.
Outra discussão importante se deu sobre a necessidade de se determinar as atribuições do CD hospitalar para que sirva de parâmetro à elaboração das competências da habilitação em OH, que está em processo de estruturação pelo CFO. Este tema será, inclusive, o principal assunto a ser discutido no próximo encontro, programado para Curitiba – PR em abril ou maio deste ano (as residências também serão abordadas). E ao contrário do encontro de Belém, será aberto também à participação de associações odontológicas que possam agregar valor ao importante trabalho do CFO de formatar esta nova e promissora pós-graduação oficial.
Ao fim do evento, magnificamente organizado pela COH do Pará, em uma última conversa de bastidor (portanto não oficial), fui positivamente surpreendido por uma colega de outra comissão que sugeriu a realização de uma atividade científica, coordenada pelas comissões de OH, em um futuro nem próximo e nem distante. Este evento poderia ser um agregador de CDs que hoje não estão mais fazendo parte das comissões, mas que ainda têm muito a contribuir como profundo conhecedores da área. Também seria uma forma de reunir em um só evento alguns colegas que participam de entidades odontológicas e médicas e que por vezes não se conhecem a despeito de atuarem em segmentos semelhantes.
Assim, de forma mais do que agradável, eu e meu amigo Almir Oliva, que também representou o Rio de Janeiro neste encontro, nos despedimos dos demais, de Belém e dos encontros oficiais das comissões de OH, pois que uma nova comissão deverá assumir os trabalhos após a eleição que ocorreu no CRORJ em fins de 2014.
Fica aos demais representantes estaduais, aos membros dos conselhos regionais e federal, a certeza de que com uma atitude agregadora, comprometida e focada nos interesses maiores da profissão essa área da OH será um exemplo de sucesso que muito dignificará o nome da Odontologia.