Realizei uma pesquisa na Internet para me informar melhor sobre as possibilidades em utilização de equipamentos odontológicos fora do consultório dentário tradicional. A primeira dificuldade foi saber como é a denominação para este tipo de equipamento, descobri que os termos “equipo modular” ou “equipo odontológico portátil” são bons para a busca.
Não conhecia nenhuma fábrica especializada no assunto e tudo que encontrei fui registrando. Ver planilha equipo-portatil. Lá há várias possibilidades de sites, telefones, empresas, cidades brasileiras e modelos de diversos tipos e preços. Aqui no Rio de Janeiro estão a maioria das “indústrias” . As aspas em indústrias é por conta do perfil quase artesanal de alguns dos contatos que estabeleci.
Vários dos montadores de equipos portáteis são Dentistas ou Técnicos de equipamentos odontológicos que se dispuseram a colocar a cabeça para funcionar e inventar protótipos que favorecem muito o atendimento extra-consultório. Um dos sites é de uma colega de Curitiba que atende domiciliarmente e tem algumas interessantes dicas.
Dos modelos que encontrei um me chamou mais a atenção. Apesar de ser um modelo mais caro (equipo Modular Portátil da Consuldent) é extremamente bonito e prático. Tive inclusive a oportunidade de testá-lo no HSE e em atendimento em centro cirúrgico para exodontia de terceiros molares inclusos. Você realmente se sente atendendo em um consultório convencional. Há a possibilidade de usar o spray, na alta rotação e na seringa tríplice, pois ele vem com garrafa de água para o acoplamento.
A conexão do ar comprimido é feita sem nenhuma dificuldade e pode-se usar o manômetro da conexão para regular a saída de ar.
No centro cirúrgico, enfermarias ou quartos onde haja a saída do ar comprimido, o equipo modular permite a adaptação e o atendimento. Ele também pode ser acoplado na saída do oxigênio (conexão a parte), mas se houver necessidade de uso durante a cirurgia isto será um problema (além disso a conexão é diferente, ou pouco menor). Um balão de ar comprimido ou oxigênio também pode ser usado fora do centro cirúrgico, permitindo o atendimento por um período de tempo menor.
Apesar da oferta de modelos do mercado de equipamentos portáteis, para uso domiciliar ou em centro cirúrgico, achei que a assistência oferecida pelo pessoal da Consuldent foi muito organizada. Eles têm um site bem explicativo e permitem uma boa interação no acesso telefônico. Nesse mercado é importante a facilidade de contato com os fabricantes para disponibilizar a manutenção (com ou sem garantia) quando necessária.
É importante lembrar que em uma situação de centro cirúrgico, principalmente com anestesia geral, não há espaço para falhas. As contingências devem ser previstas e, eu recomendo, que se leve um substituto para o equipo portátil. Uma solução bem prática é a utilização da mangueira acoplada na saída do ar conectada ao pedal e outra mangueira saindo deste para a alta rotação ou micromotor. Numa situação de falha do equipo principal, pelo menos há possibilidade de se realizar algo (mesmo que sem o spray e a seringa tríplice).
Finalizando, acrescento que é necessário conhecer a tabela de conversão de unidades para dar o correto ajuste ao manômetro. Usei a tabela do site http://www.convertworld.com/pt/pressao/kgf-2Fcm%C2%B2.html.
kgf/cm² | bar | libra/pol quadrada (psi) |
0,98 | 14,22 | |
1,02 | 1,00 | 14,50 |
0,07 | 0,07 | 1,00 |
5,62 | 5,52 | 80,00 |
2,11 | 2,07 | 30,00 |
2,46 | 2,41 | 35,00 |
(*) 80 libras é a pressão de entrada no equipo e 35 e 30 são para a conexão direta para a alta rotação e micromotor respectivamente.