Depois do descanso pós-evento, com as energias renovadas, já é possível analisar melhor os pontos fortes e deficiências do Encontro. Foram aproximadamente 40 palestrantes, todos do mais alto nível, e apenas 4 faltosos (com justificativas convincentes e antecipadas). Os horários foram obedecidos por todos e os percalços da mudança de local superados.

Realmente, este foi o maior receio – que não pudéssemos avisar com antecedência a todos os inscritos e isso gerasse uma desconfortável situação de mal estar – mas a participação ativa do CRORJ (especialmente do seu presidente, Dr. Afonso Rocha) e a disponibilização, pela Lacer, de um transporte do HSE para a ABO contornaram o problema. Problema este que, acho eu, virou uma vantagem pois agregou a ABO e seu Presidente, Dr. Paulo Murilo, ao espírito do Encontro. Mostrou também que o apoio que conseguimos do CRORJ, Lacer/GROSS e da Coordenação de Saúde Bucal da Secretaria Municipal de Saúde não vieram por acaso, pois foram fundamentais na resolução.

Todos os elogios que recebi, antes, durante e após o evento eu repasso para os outros organizadores, Arley Silva, Jorge Barbosa, Maurício Moreira e José Luiz Peixoto. Mas, apesar dos aspectos positivos, não dá para apagar os negativos:

– 3 meses de antecedência é muito pouco tempo para contactar os possíveis patrocinadores. O planejamento tem que estar quase pronto com pelo menos 4 meses.
– Imprescindível a existência de um slidedesk. Acho que foi muita sorte não termos tido mais problemas com a informática.
– O certificado não continha todo o evento no cabeçalho.
– As inscrições prévias devem ficar acessíveis aos organizadores: nomes, emails e telefones são fundamentais.
– O espaço para o coffee-break e o setor de exposição ficou pequeno para o público presente. Mesmo com uma ausência de 30% dos previamente inscritos. Porém, este problema não existiria no HSE que tem um saguão maior.
– Faltou a agenda social. Os debates depois do evento formal são fundamentais.
– Faltou o contato com os profissionais e professores que atuam na Odontologia Hospitalar e Medicina Oral para que participassem mesmo não palestrando.
– Faltou contato com as sociedades específicas: SOBE, CBCTBMF e de pacientes especiais. Foi feito contato com a AMIB, SBCE, Assoc. Paulista de Odontologia Hospitalar.
– Não havia programas nas pastas dificultando o acompanhamento sequencial das palestras.
– As palestras de cunho institucional (Dras Mara Demier e Marcia Torres) deveriam ter sido feitas mais cedo. O assunto é importante mas não é de interesse de todos, esvaziando o auditório. O que não ocorreu no evento de Dor Orofacial que teve presença maciça até o fim.
Em relação aos fatores positivos ressalto mais uma vez a valorização dos temas e palestrantes escolhidos. Aos meus ouvidos foi unânime o elogio geral. Outros pontos:
– Todos expositores parabenizaram o Encontro e se dispuseram a participar de outros.
– A Dra. Karine Lima fez um ótimo trabalho na arregimentação de empresas com perfil compatível com as atividades do evento.
– Houve participação de profissionais do Rio de Janeiro, municípios vizinhos e até de outros estados.

Acho que os objetivos iniciais do evento foram todos alcançados, mesmo com os imprevistos. Novos objetivos devem ser planejados para consolidar a Medicina Oral dentro da filosofia de ensino, atendimento e institucional da Odontologia.

Peço a todos que participaram do evento que opinem e sugiram ações que resultem em uma maior valorização do Cirurgião Dentista no meio Hospitalar, na sua aceitação pelos convênios e melhorem a capacidade do CD em lidar com as situações de comprometimento sistêmico, diagnósticos complexos, terapêutica medicamentosa e decisões baseadas em protocolos interdisciplinares e evidências científicas estabelecidas.

Outra questão é a realização do evento no próximo ano.
O campo comentários deste post pode ser utilizado para esta e outras discussões.
Obrigado a todos.
Paulo Pimentel