Na reunião do dia 07 de outubro foi exposta a situação atual do projeto de lei do CD na UTI. O Dr. Afonso Rocha (Presidente do CRORJ) esteve em Brasília, acompanhado do Dr. Paulo Moreira (INCL) em reunião com o Dep. Saraiva Felipo, atual relator do projeto. Ao que parece será feita uma modificação no texto do PL que incluirá a presença do CD nos hospitais, ao invés do vínculo específico à UTI. É uma troca por motivações políticas, mas que não altera o espírito do PL, que é a participação do CD em integração aos serviços médicos hospitalares (clique aqui para ver os votos dos deputados).
Outro assunto levantado foi a questão da residência em Odontologia. Eu (Paulo Pimentel) expus a dificuldade em se aplicar a residência em Odontologia Hospitalar no Hospital dos Servidores do Estado, pois o Ministério da Saúde (responsável por este hospital), através da Comissão Nacional de Residência, tem favorecido a criação apenas de residências multiprofissionais que privilegiam a atuação em saúde coletiva.
Tal preferência tem, pelo que se deduz, um cunho político, pois há atualmente um predomínio da visão sanitarista no Ministério da Saúde. Propus o convite a membros daquela comissão para uma reunião com o nosso grupo para esclarecimentos sobre este ponto de vista da Comissão Nacional de Residência, afinal não há nenhuma residência em Odontologia Hospitalar financiada pelo Ministério da Saúde no Brasil e não se pode alegar que o gasto em alta complexidade, com a Odontologia, é excessivo, ao contrário do que acontece com a Medicina.
Salientei o papel renovador que esta formação acadêmica diferenciada poderia ter sobre o atual modelo de pós-graduação em vigor na Odontologia brasileira e o que isso representaria de qualidade para o exercício da Odontologia Hospitalar, afinal seriam cerca de 5800 horas (em 2 anos) de dedicação exclusiva a este tópico, com a aplicação prática de conhecimentos de diversas especialidades odontológicas e gerando intercâmbio com outras áreas da saúde que teriam maior conhecimento do que se produz na Odontologia Hospitalar e na própria Medicina Oral em benefício para o paciente hospitalizado e com problemas sistêmicos.
Foi apresentada ao Dr. Afonso Rocha uma relação de 18 artigos científicos (9 na íntegra), extraídos do PUBMED, de 2004 até 2009 com dados sobre a atuação do CD e outras áreas da saúde nos protocolos de controle da microbiota oral dos pacientes atendidos em UTI. Conforme pedido no último encontro estes dados ajudarão a fundamentar esta atuação e na aprovação do PL.
Em mais uma atividade planejada no último encontro, o Dr. Afonso mostrou o texto, escrito por ele para apresentar as atividades deste grupo, publicado na última edição da revista do CRORJ. No texto é oferecida aos CD do Estado do Rio a participação nas atividades deste grupo e é citado o site: www.medicinaoral.org como agente de agregação dos interessados no crescimento da Odontologia Hospitalar.
Os colegas Luciano Aguiar e Rodrigo Lucas apresentaram um questionário, para ser enviado aos CD da rede pública que atuem em hospitais, visando aumentar a participação no Grupo de Estudo de Odontologia Hospitalar e colher dados gerais sobre esta atuação. Os primeiros questionários deverão ser entregues na jornada de Odontologia Hospitalar que ocorrerá no Hospital Central da Aeronáutica.
Foi apresentado o Dr. William Nívio dos Santos, conselheiro do CRORJ e responsável pela Comissão de Odontologia em Unidades Públicas e Privadas de Saúde. Foi sugerido pelo Dr. Afonso Rocha, e aceito por todos presentes, que esta comissão do CRORJ, presidida pelo Dr. William seja o braço institucional do Grupo de Odontologia Hospitalar, oferecendo ao nosso grupo o apoio oficial para atuação em nome desta autarquia.
Por último foi sugerido o convite ao Dr. Moyzes Damasceno, presidente da SOTIERJ, para apresentação da Odontologia Hospitalar e debate sobre a atuação do CD e sua equipe no ambiente de terapia intensiva.
Estiveram presentes a esta reunião: Afonso Rocha, William Nívio, Paulo Pimentel, Jorge Barbosa, João Carlos de Freitas, João Miguel Giraldes, Patrícia Lima de Sá, Luciano Aguiar e Rodrigo Lucas.