As situações abaixo foram enviadas pela Dra. Patrícia Lima, Odontogeriatra, que participa ativamente das reuniões do GMOH-RJ.

Elas ilustram as dificuldades práticas do exercício da Medicina Oral no Brasil.

Veja o depoimento abaixo de 4 eventos, vivenciados por ela:

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“O Primeiro evento foi sobre as manobras que foram necessárias para conseguir um centro cirúrgico para um paciente portador de doença pulmonar obstrutiva crônica severa, com hipertensão arterial, arritmia cardíaca ventricular e insuficiência coronariana grave.

1- Usar a indicação de um médico para conseguir ter algum acesso.

2- Depois usar procedimentos qualquer da bucomaxilo que constasse na tabela AMB, para que pudesse ser aprovado e liberado o centro cirúrgico para fazer um procedimento de risco (exodontia de restos radiculares).

3- O procedimento acabou não acontecendo por que o paciente faleceu.

O Segundo evento foi um pedido de exame de sangue (negado pela Unimed) para fazer um implante. A paciente acabou pagando o exame.

O Terceiro evento foi quando pedi exame de sangue para suspeita de herpes zoster no trigêmeo, a paciente ficou 1 hora esperando no Sergio Franco e não davam solução se autorizava ou não, então ela foi para outro laboratório e conseguiu fazer.

O quarto evento foi o encaminhamento de uma paciente para um colega fazer biópsia na região de palato mole, e quando ela foi levar o material para ser autorizado pela Unimed. Não autorizaram por que era biópsia de boca e só aceitariam se o pedido tivesse CRM. Com CRO não servia. A paciente foi para o laboratório Sergio Franco e lá disseram a mesma coisa, então ela pagou o exame para não perder a viagem. Estou com o recibo em Pdf para provar o ocorrido.

Já mandei um email para a ouvidoria do conselho.

Pelo visto teremos muito trabalho pela frente para sermos respeitados.”

Dra Patrícia Lima