A adequação dos Serviços de Odontologia Hospitalar clínica (não incluindo a atuação da já estruturada Cirurgia Bucomaxilofacial) nos hospitais públicos e privados brasileiros é uma necessidade de toda sociedade.

É preciso ter Cirurgiões Dentistas treinados no ambiente hospitalar que estejam aptos a oferecer atendimento especializado aos usuários dos sistemas de saúde de forma complementar ao que já é oferecido nos consultórios e ambulatórios.

Trata-se de um dos princípios do SUS, a integralidade, e deve ser também um objetivo dos gestores em saúde pública, dos líderes de classe das áreas de saúde, dos planos privados e dos próprios profissionais atuantes.

Afinal pacientes portadores de doenças sistêmicas graves, condições especiais de saúde e internados em hospitais também requerem atenção à saúde bucal.

É preciso que se tenha consciência sobre o alto custo que representa a manutenção de uma estrutura hospitalar, e que sua existência é diretamente relacionada a necessidade de realização de procedimentos complexos, com alto grau de exigência tecnológica, por profissionais devidamente capacitados.

A priorização de serviços de atenção básica ou somente a realização de urgências no âmbito hospitalar, ao invés do foco nos casos mais complexos, é desperdício de tempo e dinheiro.

Seguem abaixo mais alguns dos motivos que fundamentam esta adequação.

1- A partir da publicação da Portaria 1.032/2010, do Ministério da Saúde, é oferecida remuneração pelos serviços odontológicos executados no ambiente hospitalar para os pacientes especiais ou que necessitem de anestesia geral ou sedação.

2- O atendimento odontológico em um ambiente de atenção básica e média complexidade (consultórios e postos de saúde, por exemplo) pode dificultar o controle de intercorrências (urgências e emergências) nos pacientes com comprometimento sistêmico, e que são melhor conduzidos na alta complexidade. E a RDC 50 da ANVISA contempla a Odontologia com espaço próprio em hospitais.

3- Os protocolos interdisciplinares na alta complexidade possuem alto grau de especificidade e é preciso estar capacitado para lidar com estas diretrizes, por exemplo, no atendimento de pacientes transplantados, cardiopatas e internados em UTIs. Vide RDC 7 da ANVISA.

4- A integração da atenção à saúde bucal entre os diversos níveis de cuidados do SUS, favorece a hierarquização dos problemas, facilita a resolutividade dos procedimentos e reduz a sobrecarga de serviços básicos no ambiente hospitalar.

5- O estado de São Paulo agora encara a Odontologia Hospitalar pública como projeto de governo e promoverá a reestruturação de mais de 50 serviços.

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